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Barómetro do Turismo: Confiança no turismo cresce e atinge novo máximo

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A mais recente edição do Barómetro do Turismo IPDT revela um nível de confiança
inédito no setor. Os empresários mostram-se otimistas quanto ao crescimento da
atividade turística, prevendo um aumento das receitas e do número de dormidas
durante a Páscoa, impulsionado sobretudo pela procura internacional. O estudo
sublinha ainda o reforço da posição de Portugal como destino de turismo de
negócios e a importância de uma maior coordenação entre municípios e operadores
turísticos.

O setor do turismo alcança um nível de confiança histórico. Em fevereiro de 2025, o
Barómetro do Turismo do IPDT registou 85,2 pontos — o valor mais elevado desde a
criação do projeto, em 2006 —, confirmando uma trajetória de crescimento
sustentado no período pós-pandemia.

Este resultado representa um aumento de 2,3 pontos face à edição anterior e reflete
a notável resiliência do setor perante fatores externos adversos, como a
instabilidade política global e os atuais cenários de guerra.

Páscoa 2025: projeta-se um crescimento das receitas e das dormidas
As previsões para a Páscoa de 2025 são otimistas, especialmente no mercado
externo. No mercado interno antecipa-se um comportamento semelhante ao do ano
anterior, prevendo-se, contudo, segundo 56% dos especialistas, um aumento das
receitas turísticas.

No mercado externo, 66% dos inquiridos estimam um crescimento das receitas e
49% projetam um aumento do número de dormidas face ao mesmo período de
2024. Estes indicadores reforçam a recuperação do setor e o impacto positivo da
procura internacional na economia turística nacional.

Eleições autárquicas sem impacto direto no turismo

A 73ª edição do Barómetro do Turismo revela que 78% dos respondentes não
preveem impacto direto das eleições autárquicas de 2025 no setor do turismo. No
entanto, 33% consideram que a colaboração entre autarquias e empresários do
turismo é insuficiente, sublinhando a necessidade de uma maior coordenação entre
stakeholders.

Para reforçar esta cooperação, 67% dos respondentes defendem uma estratégia
integrada entre municípios e entidades regionais de turismo. Entre as medidas
apontadas pelos especialistas para fortalecer esta relação destacam-se a
simplificação dos processos de licenciamento para projetos turísticos (46%), o
desenvolvimento de parcerias estratégicas (46%) e a criação de fóruns de diálogo
entre autarquias e empresas do setor (37%).

Segurança e custo-benefício impulsionam turismo MICE em Portugal

Portugal destaca-se, cada vez mais, como um destino competitivo para o turismo de
negócios e eventos. De acordo com os profissionais do setor, os principais fatores
que sustentam esta atratividade são a segurança e estabilidade política, a relação
custo-benefício, a qualidade do serviço e hospitalidade e o clima ameno.
A
infraestrutura moderna e a capacidade hoteleira, bem como a localização
estratégica do país (6%), são também apontadas como vantagens competitivas.

Para consolidar este posicionamento, 65% dos respondentes consideram essencial
a captação de grandes eventos, enquanto 63% defendem o investimento em
infraestruturas especializadas.

Outras medidas prioritárias incluem o reforço da marca “Portugal” no panorama internacional (46%), a criação de incentivos fiscais para empresas organizadoras de eventos (41%) e a aposta na formação e qualificação de profissionais do setor (37%).