No passado dia 8 de abril, o Parque da Pena, encerrado desde 19 de março devido à passagem da depressão Martinho, reabriu parcialmente.
Só no referido espaço o Martinho derrubou 312 árvores de diversas espécies, obrigando a trabalhos de remoção urgente das árvores caídas, limpeza de caminhos e estabilização de muros, imediatamente iniciados após a intempérie.
Voltam a estar disponíveis os percursos que ligam o Palácio Nacional da Pena à Cruz Alta e ao Vale dos Lagos, via Fonte dos Passarinhos, abrangendo também o acesso ao Jardim das Camélias. Foi, igualmente, reaberto um caminho entre o Vale dos Lagos e o Chalet da Condessa d’Edla. Todavia, permanecem ainda interditas as áreas da Abegoria, Jardim Inglês, Estufa Fria, Pérgola da Feteira da Condessa d’Edla e Alto do Chá.
Recorde-se que na noite de 19 para 20 de março, a passagem da depressão Martinho pela Serra de Sintra provocou a queda de cerca de 100 mil árvores, afetando 280 hectares do total dos cerca de mil hectares sob gestão da Parques de Sintra. Este fenómeno climático extremo e inédito na região foi particularmente destrutivo devido à combinação excecional de diversos fatores meteorológicos.
A Parques de Sintra tem já em curso um projeto de recuperação das áreas florestais afetadas pelo temporal, de acordo com as prioridades identificadas através do mapeamento detalhado do terreno, realizado através de drones e inspeções in loco. As operações intensivas de remoção das árvores derrubadas e recuperação das condições de segurança são os objetivos principais numa primeira fase.
Paralelamente, a empresa está já a desenvolver um plano detalhado que visa mitigar os efeitos erosivos provocados por este fenómeno e promover a rearborização das áreas afetadas.
Este plano prioriza a plantação de espécies autóctones, estratégias para manter a estabilização do solo, recuperação da cobertura vegetal, manutenção do equilíbrio hídrico e restabelecimento dos habitats naturais, assegurando, assim, maior sustentabilidade e resiliência da floresta face a futuros eventos extremos.