A Lufthansa registou um lucro de 1,38 mil milhões de euros em 2024, uma queda de 18% face ao ano anterior, afetada por greves, aumento de custos e atrasos na entrega de aeronaves. Apesar disso, o grupo aéreo prevê uma melhoria dos resultados em 2025.
No balanço anual, a empresa alemã reportou receitas de 37,6 mil milhões de euros, um crescimento de 6% em comparação com 2023, enquanto os custos subiram 9% para 39 mil milhões de euros.
“Apesar de um início desafiador em 2024, com grandes impactos das greves, os desempenhos financeiros e operacionais caminharam para a estabilização no final do ano”, referiu o grupo na apresentação dos resultados.
A Lufthansa aumentou em 9% a oferta de lugares-quilómetro e alcançou um fator de ocupação de 83,1%, o mais elevado da sua história. No entanto, a yield média por passageiro caiu 2,6%, devido ao aumento da capacidade disponível no mercado. O número de voos das companhias do grupo, que inclui Eurowings, Brussels Airlines e Swiss, cresceu 4,7%, com um total de mais de 131 milhões de passageiros transportados.
Para 2025, a Lufthansa espera um aumento significativo do lucro operacional, mesmo com o impacto adicional de 200 milhões de euros em custos de combustível, resultante da nova obrigação de incorporação de quotas de combustível de aviação sustentável (SAF).
A compra de 45% da italiana ITA Airways, concluída recentemente, deverá contribuir para a melhoria dos resultados, com o grupo alemão a afirmar que esta aquisição abre “novas oportunidades de crescimento”.
A Lufthansa é um dos três grandes grupos europeus que já manifestaram publicamente interesse na privatização da TAP, a par da Air France-KLM e da IAG, dona da Iberia e da British Airways. O processo poderá sofrer alterações caso haja novas eleições legislativas em Portugal.