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euroAtlantic rescinde com a LAM face às substanciais dívidas

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“A EAA mantém o compromisso de proteger os seus interesses comerciais e tomará todas as medidas legais e comerciais necessárias para garantir uma conclusão ordenada do contrato vigente”. Este é o teor do comunicado da euroAtlantic Airways (EAA) a propósito do anuncio feito pela companhia ao informar que rescindiu o contrato com a Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) com “efeito imediato”.

Esta atitude deve-se ao alegando incumprimento da transportadora moçambicana “no pagamento das suas substanciais dívidas financeiras”, ou sejam as dívidas causadas com a ligação da LAM entre Maputo e Lisboa, então assegurada por aviões da euroAtlantic, e suspensa em 19 de fevereiro pela companhia estatal moçambicana.

No mesmo comunicado é referido que “a EAA, que iniciou a operação desta rota para a LAM em dezembro de 2023, apenas foi informada da suspensão repentina de todos os serviços nesta rota a 11 de fevereiro de 2025”.

Citado no documento, o presidente da euroAtlantic, Stewart Higginson, afirma que a transportadora portuguesa confia “que a LAM irá liquidar, com a máxima urgência, as suas obrigações financeiras pendentes”, acrescentando que “continuamos naturalmente disponíveis para apoiar a LAM no futuro, à medida que a situação evolui, e esperamos poder reforçar a relação que ambas as partes construíram ao longo dos últimos anos”.

Recorde-se que a LAM anunciou em 18 de fevereiro a suspensão da rota Maputo – Lisboa a partir do dia seguinte, avançando que, desde 2023, a empresa acumulou prejuízos de mais de 20 milhões de euros devido à operação.

A rota Maputo – Lisboa, abandonada pela companhia há quase 12 anos, foi retomada em 20 de novembro de 2023 e fazia parte do plano de revitalização da operadora, depois de a empresa sul-africana Fly Modern Ark (FMA) ter entrado na gestão da LAM em abril daquele mesmo ano para um processo de reestruturação.