No total, a Airbus registou um lucro de 4.232 milhões de euros em 2024. Ou seja, mais 12% do que no ano anterior. Este aumento fica a dever-se, sobretudo ao melhor desempenho na divisão de aviões comerciais, que compensou as dificuldades nos negócios espaciais e de defesa.
No comunicado pode ler-se ainda que, para além dos problemas de fornecimento que a impedem de acelerar o ritmo de produção dos seus aviões comerciais, o principal obstáculo foi – mais uma vez – a sua atividade espacial que “roubou” 656 milhões de euros ao seu EBIT. Justifica-se para esta quebra a concorrência do americano Elon Musk,
Os programas espaciais da Airbus representaram um custo de 1.300 milhões de euros no conjunto do ano, incluindo 300 milhões no quarto trimestre.
O negócio de aviões comerciais, como habitual, foi o principal contributo para o EBIT total, com 5.133 milhões de euros, mais 42% do que em 2023, embora em termos ajustados o aumento tenha sido de apenas 6%, para 5.093 milhões de euros.
No entanto, refira-se que o programa para a sua aeronave de transporte militar, o A400M, tem sido a forte preocupação das finanças da empresa face às atualizações de contratos.
A receita total da Airbus no ano passado aumentou 6% para 69.230 milhões de euros, impulsionada principalmente pelos aviões comerciais, que aumentaram 6% para 50.646 milhões de euros.
Apesar de tudo e mesmo que não tenha conseguido cumprir as suas metas de entrega para 2024, acabou por entregar 766 aeronaves aos seus clientes, face às 735 de 2023.