A indústria do turismo em Portugal superou, no ano passado, as metas que estavam previstas “para 2027”, com cerca de 30 milhões de turistas internacionais. Quem o afirmou foi o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, à margem da assinatura de contratos no âmbito da Agenda do Turismo para o Interior, em Almodôvar, Beja.

Em declarações à Lusa, Pedro Machado, disse que “em 2024, vamos superar aquilo que eram as metas que tínhamos em 2027, [que era] chegarmos aos 27 mil milhões de euros [de receita] e aos 30 milhões de turistas internacionais”.

De acordo com governante, baseado nos dados que já possui sobre 2024, Portugal deverá “superar as metas que tinham sido traçadas” para o setor, “o que traduz um crescimento em fluxo entre os 4% e os 6% e em receitas entre os 9% e os 11%”.

Pedro Machado acrescentou que “Portugal continua a ser um país de referência em dois ou três produtos” turísticos, “em particular a gastronomia, cultura e os vinhos”.

“Não é por acaso que Portugal ganha, em 2024, o estatuto de melhor destino do mundo de enoturismo”, frisou.

A par disso, continuou, também o golfe e o turismo equestre têm potenciado o crescimento da atividade turística em Portugal.

“Portugal tem hoje um ‘pipeline’ de novos investimentos na indústria do turismo equestre”, os quais “representam centenas de milhões de euros”, sublinhou.

Para Pedro Machado, a localização do país no contexto europeu, distante de conflitos bélicos, também tem beneficiado esta indústria.

“O valor da segurança que Portugal tem, o valor da saúde ou da perceção da saúde que existe, com padrões europeus, sobretudo nos mercados estrangeiros, e a hospitalidade portuguesa fazem toda a diferença em relação a outras geografias”, frisou.

O secretário de Estado do Turismo destacou ainda que “estimamos um crescimento na ordem dos 4% a 5% para 2025, com base em testemunhos que temos hoje na indústria do golfe” ou nas “reservas ao nível da hotelaria, o que faz antever um ano promissor”.