Os estabelecimentos de alojamento turístico em Portugal registaram, entre janeiro e outubro de 2024, 71,1 milhões de dormidas, o que representa um crescimento de 3,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com o INE. Este aumento refletiu-se nos proveitos totais, que atingiram 6 mil milhões de euros (+10,6%), e nos de aposento, que somaram 4,6 mil milhões de euros (+10,7%).
O crescimento foi impulsionado, sobretudo, pelas dormidas de não residentes, que aumentaram 4,8%, enquanto as de residentes cresceram 1,2%. No entanto, em outubro, o ritmo de crescimento dos proveitos abrandou. Os proveitos totais no mês somaram 644,1 milhões de euros (+9,9%) e os de aposento 490,2 milhões de euros (+10,7%), um desempenho inferior ao de setembro, quando os aumentos foram de 11,8% e 12,4%, respetivamente.
Destaques regionais e setoriais
A Grande Lisboa destacou-se como a região que mais contribuiu para os proveitos totais no acumulado, com uma participação de 33,9%, seguida do Algarve (23,0%) e do Norte (16,8%). Em termos de crescimento, os Açores (+18,5% nos proveitos totais) e a Madeira (+16,0%) registaram os maiores aumentos em outubro.
No acumulado do ano, o segmento da hotelaria liderou os proveitos, com 5,2 mil milhões de euros (+10,2%), seguido pelo alojamento local (+12,2%) e pelo turismo no espaço rural e de habitação (+15,4%).
Outros indicadores
O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) no período acumulado foi de 74,2 euros (+6,7%), enquanto o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 123,5 euros (+6,5%). A Grande Lisboa manteve-se como a região com o maior valor de ADR, atingindo 170,9 euros em outubro.
A estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico situou-se em 2,58 noites no acumulado, com uma queda de 0,9% face a 2023.
Este desempenho reflete o contínuo crescimento do turismo em Portugal, mas alerta para um abrandamento no ritmo de crescimento em outubro, que poderá indicar desafios para os próximos meses.
