A IATA – Associação Internacional de Transporte Aéreo prevê que as companhias aéreas globais registem um lucro líquido de 36,6 mil milhões de dólares em 2025, com uma margem líquida de 3,6%. O valor representa uma melhoria em relação aos 31,5 mil milhões estimados para 2024, apesar dos desafios contínuos na cadeia de abastecimento, aumento da carga fiscal e regulação exigente.
Na Europa, os lucros deverão atingir 11,9 mil milhões de dólares, com uma margem líquida de 4,4%, superior aos 10 mil milhões esperados em 2024. A procura deverá crescer 7,0%, acompanhada por um aumento de 6,5% na capacidade. Contudo, as companhias europeias enfrentam pressões como aumento de salários, restrições operacionais, elevação de taxas aeroportuárias e os impactos do conflito na Ucrânia, que mantém 20% do espaço aéreo europeu fechado.
A nível global, as receitas da aviação devem ultrapassar, pela primeira vez, 1 bilião de dólares, totalizando 1,007 biliões. O número de passageiros deverá crescer 6,7%, atingindo 5,2 mil milhões, enquanto o transporte de carga aumentará 5,8%, para 72,5 milhões de toneladas.
Willie Walsh, diretor-geral da IATA, destacou que o desempenho será “duramente conquistado”, com as companhias a beneficiar de preços de combustível mais baixos e a investir em descarbonização. “Mesmo num bom ano como 2025, o lucro por passageiro será de apenas 7 dólares”, sublinhou, reforçando a necessidade de eficiência em toda a cadeia de abastecimento.
