O parque arqueológico de Pompeia, um dos locais mais emblemáticos da herança romana, registou um recorde de quatro milhões de visitantes no último verão. Este aumento significativo levou à implementação de novas medidas para combater o turismo excessivo e proteger os vestígios históricos, que foram preservados após a erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C.
Entre as mudanças, destaca-se a limitação do número diário de visitantes a 20 mil pessoas e a introdução de bilhetes personalizados, que incluem o nome completo de cada visitante. Estas alterações visam evitar que os fluxos turísticos ultrapassem a média diária de 15 mil a 20 mil pessoas, segundo o diretor do parque, Gabriel Zuchtriegel. “O novo limite diário impede que o número de visitantes aumente para além do que é sustentável”, explicou.
Zuchtriegel acrescentou que estão em curso diversos projetos para aliviar a pressão humana sobre o local, minimizando os riscos tanto para os visitantes quanto para o património, descrito como “único e frágil”.
Além disso, a administração do parque pretende redistribuir o turismo na região através do projeto “Grande Pompeia”, que inclui um autocarro gratuito para locais históricos próximos, como Stabia, Torre Annunziata e Boscoreale. Esta estratégia tem como objetivo promover um modelo de turismo sustentável e descentralizado, incentivando os visitantes a explorar outras “joias culturais” da região.
“Queremos oferecer uma experiência agradável, sustentável e não massificada, promovendo o turismo lento e difundido pelo território que rodeia este sítio classificado como Património Mundial da UNESCO”, sublinhou Zuchtriegel.
As novas regras, como os bilhetes personalizados e a gestão de fluxos, começaram a ser implementadas na passada sexta-feira, especialmente durante os meses de maior afluência turística no verão.