O setor antecipa um ano de 2025 memorável. Mas é imprescindível que se adapte a novos modelos de negócio e produtos.
Os dados mais recentes confirmam o optimismo que se vive entre agentes e operadores turísticos desde o fim da pandemia. O setor da distribuição, à semelhança do que se observa de uma forma geral no turismo, vive um bom momento e, de acordo com o presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), poderá assumir já no próximo ano a maior influência na economia nacional de que há memória. Os portugueses estão a viajar mais e, no sentido inverso, o país é também cada vez mais procurado pelos mercados internacionais, ganhando destaque em novos mercados, como acontece com o Canadá, permitindo melhorar a receita média.
“Este efeito de subida de preços coloca Portugal na primeira linha. O desafio é colocar os outros setores onde está o turismo”, defendeu o ministro da Economia, Pedro Reis, durante o Congresso da APAVT. Para apoiar o setor, o Governo lança esta semana uma linha de financiamento de 500 milhões de euros para apoiar as PME’s a se adaptarem às exigências em matéria de sustentabilidade. Também a APAVT se prepara para arrancar com um plano alargado de formação já em 2025.
É preciso executar
“O que nos falta para dar o salto definitivo é ter um crescimento mais sustentável, mais estruturante, com mais competitividade, mais escala e mais produtividade. Os portugueses estão cansados de anúncios, querem ação”, defendeu o ministro Pedro Reis.
No caso particular do turismo, os empresários enfrentam uma crescente onda de contestação . Como referiu durante a cerimónia de encerramento do congresso o Secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, “é importante que os portugueses sintam a vantagem competitiva do turismo. A hospitalidade portuguesa é o nosso grande ativo”.
E é precisamente a partir desta forma de receber e de lidar de forma emotiva que os profissionais do turismo poderão continuar a fazer a diferença no momento de fechar uma venda ou acompanhar os seus clientes. “No âmbito da inteligência artificial, a eficiência será importante, mas não diferenciadora. Teremos de nos preocupar em novos produtos e serviços, por um lado, e novos modelos de negócio, por outro”, concluiu o presidente da APAVT.
No último dia do congresso, a associação distinguiu com a Medalha de Mérito de Prata o diretor e fundador do Opção Turismo, Luis Magalhães, pela sua personalidade, entrega ao setor e os “40 anos de congressos da APAVT, mantendo sempre o seu humor mordaz tão característico”. Já o jornal Presstur, fundado por Silvério do Canto, foi distinguido com a Medalha de Mérito de Prata pelo rigor da informação e os 20 anos de acompanhamento do turismo.
