O Governo está a realizar uma auscultação ao mercado no âmbito da privatização da TAP, tendo recebido manifestações de interesse de companhias aéreas e fundos de investimento provenientes do Médio Oriente e da Ásia, segundo noticiou o ECO, que terá apurado a informação junto de fonte conhecedora do processo. Entre as entidades interessadas estão investidores do setor da aviação e também fundos financeiros, demonstrando o alargado interesse pela companhia aérea portuguesa.
Hugo Espírito Santo, secretário de Estado das Infraestruturas, em entrevista ao jornal galego “Faro de Vigo”, referiu que o interesse pela TAP não se limita à Europa, mas abrange também investidores fora do continente. O responsável sublinhou que o processo de venda atraiu não apenas grupos do setor da aviação, mas também fundos de investimento puramente financeiros, incluindo na Europa.
Entre os grupos que têm demonstrado interesse pela privatização estão os gigantes IAG, Air France-KLM e Lufthansa, que elogiaram a TAP pela sua liderança nas rotas entre a Europa e o Brasil, um dos ativos mais valiosos da transportadora.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou recentemente que o Governo pretende alcançar uma privatização total da TAP, desde que as rotas estratégicas e o hub em Lisboa sejam assegurados. Montenegro reforçou a sua posição numa entrevista, onde disse que, se não for possível uma privatização que cumpra esses critérios, prefere manter a situação atual.
A privatização da TAP está prevista para avançar após a aprovação do Orçamento do Estado para 2025. Segundo o secretário de Estado, o objetivo é definir o modelo de privatização até ao final de 2024, de forma a que o processo possa começar no primeiro semestre de 2025. O Governo pretende concluir a venda até ao final desse período.
O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, também comentou o processo, indicando que o Executivo pretende acelerar os procedimentos, embora não tenha especificado datas concretas. A privatização, que estava inicialmente prevista para 2023, foi adiada após o veto presidencial ao decreto-lei e a subsequente demissão do Executivo anterior.