O grupo Quinta do Vallado planeia investir 8,1 milhões de euros em projetos relacionados com a vinha e o enoturismo na região do Douro ao longo dos próximos três anos. A informação foi anunciada hoje pelo presidente do grupo, João Álvares Ribeiro, durante um encontro com jornalistas.
Em 2023, a Quinta do Vallado registou um lucro de 2,2 milhões de euros, montante semelhante ao do ano anterior, e uma faturação de 12,3 milhões de euros. Do total da faturação, 75% foi proveniente da venda de vinhos — a empresa possui 110 hectares de vinha onde produz vinhos do Porto e vinhos de mesa —, e 25% do enoturismo, que inclui as atividades dos seus hotéis. Para este ano, o grupo estima alcançar uma faturação de 13 milhões de euros.
João Álvares Ribeiro detalhou que dos 8,1 milhões de euros previstos para investimento, a maior parte, 5,7 milhões de euros, será direcionada para projetos de turismo. Isso abrange a construção de uma nova adega, uma nova área para provas de vinhos, um espaço de restauração no Porto dedicado à venda e degustação de vinhos, bem como a ampliação do Quinta do Vallado Hotel, projeto arquitetónico a cargo de Souto Moura, com previsão de conclusão para 2027.
Além disso, o grupo vai investir um milhão de euros em novas áreas de vinha e 1,4 milhões de euros em alojamento para trabalhadores. João Álvares Ribeiro enfatizou que o objetivo de criar alojamento para funcionários é tornar a Quinta do Vallado mais atrativa como local de trabalho, permitindo remodelar os atuais alojamentos e construir novos, com capacidade para até 30 trabalhadores. Atualmente, o grupo conta com 120 colaboradores.
A Quinta do Vallado também está a avaliar dois projetos adicionais, um na região vinícola do Douro e outro no Alentejo, que poderão envolver um investimento de até 14 milhões de euros. No entanto, a decisão de avançar com esses projetos ainda não foi tomada.
A estrutura acionista da Quinta do Vallado é composta, em partes iguais, pela família Ferreira — descendentes de Antónia Adelaide Ferreira, conhecida como a “Ferreirinha” — e pela Teak Capital, uma *holding* liderada por Carlos Moreira da Silva que adquiriu 50% da Quinta em 2023, embora o valor da transação não tenha sido divulgado.