A China vai expandir a política de isenção de vistos para cidadãos de mais quatro países europeus – Eslovénia, Grécia, Dinamarca e Chipre –, mantendo Portugal fora da lista, de acordo com anúncios recentes da diplomacia chinesa.
Este alargamento segue-se à inclusão da Noruega, no início do mês, na lista de países cujos cidadãos podem permanecer na China até 15 dias para turismo, negócios ou trânsito, sem necessidade de visto.
Com os anúncios deste mês, o total de países europeus que beneficiam desta medida sobe para 16. Pequim procura, assim, revitalizar o turismo internacional e estimular o investimento estrangeiro, afetados durante a pandemia da covid-19, período em que a China impôs um rigoroso encerramento das suas fronteiras.
Em novembro passado, a China revelou que nacionais de França, Alemanha, Itália, Países Baixos e Espanha poderiam usufruir de isenção de visto de forma unilateral. Já em março, a política foi estendida a mais seis países europeus — Suíça, Irlanda, Hungria, Áustria, Bélgica e Luxemburgo — para estadias de até 15 dias.
No entanto, Portugal continua excluído desta lista.
Nos últimos meses, a China implementou uma série de medidas para facilitar a experiência dos viajantes internacionais. As plataformas de pagamento eletrónico WeChat Pay e Alipay anunciaram, ao longo do último ano, iniciativas para disponibilizar os seus sistemas a visitantes estrangeiros, que muitas vezes enfrentam dificuldades em efetuar pagamentos e usar certos serviços no país.
O número de estrangeiros que visitaram a China no primeiro semestre de 2024 duplicou para 14,64 milhões, representando um aumento de 152,7% em relação ao mesmo período de 2023. Dados da Administração Nacional de Imigração da China mostram que as entradas sem visto ultrapassaram 8,5 milhões, representando 58% das viagens e um aumento de 190% face ao ano anterior.
Apesar deste crescimento, o número de visitantes estrangeiros ainda permanece abaixo dos níveis pré-pandemia, quando cerca de 15 milhões de turistas visitavam a China anualmente. LUSA
