A próxima grande coisa que os hoteleiros precisam investir: Casas de Banho são “Escape Rooms”
Naquele encontro amoroso onde temos de retocar a maquilhagem ou respirar fundo antes de voltar para a mesa do restaurante, num lugar público onde precisamos de privacidade ou simplesmente para nos isolarmos do planeta Terra quando não há outro sítio melhor para o fazer, as casas de banho são um refúgio de privacidade. Ali ninguém entra, ninguém fala connosco e por muito malcheiroso que seja estamos em paz e asseguramos a nossa individualidade e intimidade.
Então porque é que é tão negligenciado o espaço, considerando o seu papel? Alguns hotéis, restaurantes e lugares públicos (museus, escolas, centros comerciais, aeroportos) começam a compreender que uma casa de banho vai reflectir a imagem daquele espaço e que aí tem oportunidade para comunicar com o cliente, não só em termos publicitários, mas o seu branding e carácter.
O culto da “selfie” impactou os espelhos numa preparação quase de cenário autêntico para a fotografia no Instagram. Afinal, estamos bem-apresentados e queremos registar o momento! E isso é um momento de escape.
E já ouvimos falar de “Escape rooms” que estão tão na moda! Os convencionais são “salas de fuga” que são autênticos lugares para brincar, jogar ou experienciar actividades normalmente desenvolvidas por uma empresa de eventos em acções de Team Building ou localmente pelo proprietário do estabelecimento. Podem ser simples jogos como pinball ou videojogos ou actividades seguidas por realidade virtual numa sala preparada para o efeito, sendo que podem ser frequentadas individualmente ou em grupo.
Na prática, tudo serve de escape room e é o que começa a emergir como tendência. Em contraposição com o Bruno-out, a necessidade de experiências diferentes e actividades que nos desafiem como humanos e respeitando que a saúde mental é para ser considerada em todos os momentos (de lazer, de ansiedade, numa reunião, numa entrevista, numa apresentação, etc). A ideia é poder se refugiar num lugar para parar, reflectir, sem estar a ser julgado ou sob pressão de se sentir observado. Na prática o objectivo é o mesmo: descomprimir, relaxar, sentir-se confiante outra vez.
Uma casa de banho “xaman” em lugares públicos:
- Muda-fraldas em ambas as casas de banho
- Casa de banho para toddlers, rebaixadas (como se vê e muito nos países nórdicos) ou com cadeira com sinto para toddlers para os pais poderem usar a casa de banho “at ease”
- Gel de lavar mãos + Creme de mão
- Música ambiente diferenciada da música exterior
- Aroma diferenciador (trabalho do Marketing Sensorial)
- Espelho de corpo inteiro
- Espelho de maquilhagem
- Escape room ou Sala de amamentação com poltrona
- Água quente e fria
- Decoração arrojada
- Confortável térmica e acusticamente (há wcs muito ruidosos com os seca-mãos)
- Cabides que nunca são demais
- Give-aways, props e amenities poderiam ser por si só um artigo 😉
E por aí, que condições proporciona aos seus clientes para terem o seu momento de escape?
