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CTP alerta para desafios no setor aéreo e gestão do turismo

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O presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, destacou o impacto negativo dos constrangimentos das infraestruturas aeroportuárias no turismo e defendeu a localização do aeroporto no Montijo como solução mais viável.

Francisco Calheiros participou nas jornadas parlamentares do Chega, realizadas em Castelo Branco, no painel “Potenciar a economia portuguesa”. O dirigente da CTP afirmou que “o aeroporto é o maior constrangimento para o turismo” e questionou: “Daqui até que Alcochete esteja pronto, o que fazemos?”

Apesar de não se opor à opção de Alcochete, Calheiros criticou a demora na resolução da questão aeroportuária e sublinhou a necessidade urgente de avançar com uma solução temporária no Montijo.

Em relação à TAP, Calheiros foi categórico ao afirmar que a companhia aérea “é determinante” para o setor turístico português, defendendo a manutenção do ‘hub’ de Lisboa no contexto da privatização da empresa.

Ainda no painel, Francisco Calheiros afastou a ideia de que o país tenha “turismo a mais”. Para ele, o problema é “falta de economia” e uma “má gestão do turismo no território”. Calheiros defendeu que o país tem de gerir melhor o crescimento do turismo, que considera ser a indústria que mais vai se expandir nos próximos anos, e garantir que Portugal está preparado para capitalizar essa expansão.

O deputado do Chega, Filipe Melo, concordou sobre a importância do ‘hub’ de Lisboa, afirmando que “o Estado deve ter sempre controlo sobre a TAP”. Também se mostrou contra a ideia de que a Lufthansa adquira o controlo da companhia aérea, afirmando que “é imprescindível mantermos o ‘hub’ de Lisboa”, além de preservar as rotas de ligação à diáspora e os postos de trabalho no país.

Sobre a localização do novo aeroporto, Melo afirmou estar convicto de que “não será em Alcochete”, sugerindo que a proposta foi uma “manobra de diversão” do Governo para obter a abstenção do PS no Orçamento do Estado. Ele acusou o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, de enganar os portugueses ao insistir nessa solução.