A taxa turística aplicada aos cruzeiristas de curta estadia, que permanecem menos de 12 horas em Barcelona, será aumentada “substancialmente”, conforme ao acordo alcançado entre o presidente da Generalitat da Catalunha, Salvador Illa, e o presidente da câmara de Barcelona, Jaume Collboni, anunciado ontem, noticiou o Hosteltur.
Após a primeira reunião institucional entre Illa e Collboni, o conselheiro de Presidência, Albert Dalmau, confirmou que ambos os líderes decidiram eliminar o limite do recargo municipal da taxa turística, atualmente fixado em quatro euros, para os cruzeiristas de curta duração. O novo valor será definido no próximo projeto de orçamento.
Collboni sublinhou que este aumento pretende “ajudar a controlar a procura de cruzeiros de escala, de menos de 12 horas, que são os que utilizam a cidade de forma mais intensiva e criam maiores tensões no espaço público”. O objetivo é mitigar o impacto de um número crescente de visitantes deste tipo, que no ano passado atingiu 1,6 milhões, um número que o presidente da câmara considera “insustentável” para a cidade.
Apesar deste aumento, Collboni reafirmou que Barcelona deve continuar a ser um porto base para cruzeiros, limitando, contudo, as escalas de curta duração. No primeiro semestre deste ano, o porto de Barcelona registou 323 escalas de cruzeiros, 83% das quais com a cidade como porto base, um aumento significativo em relação aos 79% de 2023, segundo a Autoridade Portuária, destacando os benefícios económicos desta atividade para a cidade.