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Açores: Ryanair quer ir embora, mas Governo pede que não abandone região

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“O que nós aguardamos é que a Ryanair honre o compromisso que assumiu connosco e coloque rapidamente na sua plataforma os voos que estão acordados connosco”, afirmou a secretária do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, em Ponta Delgada.

Por outras palavras, o Governo dos Açores espera que a companhia aérea Ryanair não abandone totalmente a região e “honre o compromisso” assumido com o executivo, que passa pela redução dos voos a partir do próximo inverno.

Complementando a sua declaração feita aos jornalistas, a secretária do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas Berta Cabral, destacou que existe um “entendimento” entre o Governo Regional e a low cost irlandesa, alcançado em reuniões com a presença da ANA Aeroportos e do Turismo de Portugal.

“Este entendimento parte de uma redução de voos, mas não queria falar dos detalhes do entendimento, uma vez que ainda estamos com o processo em aberto. No dia em que os voos forem colocados na plataforma, estaremos cá para falar da operação”, explicou.

Agora e no seu ‘site’, a Ryanair não disponibilizava voos entre as ilhas de São Miguel e Terceira e o continente português a partir de novembro.

Berta Cabral adiantou que o “propósito” da Ryanair é “mesmo ir embora” dos Açores, lembrando que se trata de uma “operação comercial” e de uma companhia privada.

Segundo a secretária regional, a Ryanair pretende abandonar a operação dos Açores devido à situação do Aeroporto de Lisboa, que está “absolutamente congestionado” e sem “capacidade de atribuir mais ‘slots’”.

“A Ryanair sabe”, continua Berta Cabral, “que com os ‘slots’ que tem para viajar para os Açores pode otimizá-los e ganhar mais dinheiro se utilizar essas autorizações para viajar para outros destinos”.

A governante reforçou que o executivo açoriano pretende “continuar a trabalhar” com a companhia aérea, mas ressalvou que existe “sempre alternativa”.

“A partir do momento em que a Ryanair anunciou que queria deixar os Açores, nós fomos imediatamente contactados por várias companhias portuguesas para ocuparem o espaço”, frisou.