O turismo recuperou da recessão sofrida em 2020. Segundo dados da consultora Bain & Company, o setor do turismo mundial poderá atingir 17 biliões de dólares em 2027, superando os 11 biliões de dólares anteriores à pandemia.
A consultora elaborou um estudo, centrado no turismo sustentável, no qual conclui que mais de metade dos inquiridos – viajantes da Europa, do Médio Oriente e da China – recomendaria um destino de férias com base em critérios de sustentabilidade.
A Bain & Company prevê um forte crescimento do turismo sustentável nos próximos anos, uma vez que dois terços dos consumidores inquiridos consideram a sustentabilidade um fator importante quando viajam em lazer. De facto, 66% dos viajantes estão dispostos a pagar mais por destinos e fornecedores – como companhias aéreas, hotéis, restaurantes e empresas turísticas – que contem com uma oferta sólida em matéria de sustentabilidade.
O estudo destaca também que cerca de 30% dos inquiridos consideram a sustentabilidade um fator “extremamente importante”, tanto na sua vida diária, como nas suas viagens de lazer.
A Bain & Company refere-se a este segmento de consumidores como os “entusiastas da sustentabilidade”. Face aos restantes inquiridos, estes consumidores têm quatro vezes mais probabilidade de considerar a sustentabilidade quando escolhem um destino de férias, além de estarem ainda mais dispostos a pagar mais por esses destinos.
Seja como for, os turistas consideram que o setor ainda não está a fazer os esforços necessários, pelo que ainda há muita margem para melhorias no turismo sustentável. Adicionalmente, 73% dos inquiridos esperam que a sustentabilidade se torne ainda mais importante nos próximos cinco anos.
Por este motivo, a consultora considera que os países mais turísticos e os diferentes intervenientes no setor terão de ampliar a sua oferta de produtos e serviços sustentáveis para satisfazer as exigências e preferências dos consumidores.