A Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo (CCAH) que representa empresários das ilhas Terceira, Graciosa e São Jorge, pretende que seja criada
uma taxa de sustentabilidade nos Açores, com um valor de 25 euros, para não residentes maiores de 12 anos, a ser cobrada à entrada na região.
Para tal, vai lançar uma petição na Internet para que a proposta seja discutida na Assembleia Legislativa dos Açores, algo que é possível com apenas 300 assinaturas.
O presidente da associação empresarial, Marcos Couto, durante a conferência de imprensa que aconteceu em Angra do Heroísmo, afirmou que “o que este tipo de taxa faz é diferenciar-nos perante os outros destinos e permitir que possamos trabalhar aquilo que nós queremos. Não podemos ser um destino barato, temos de ser um destino diferenciado”.
No entanto, a associação empresarial sugere a criação de uma plataforma online onde, além de pagar a taxa, o turista deverá assinar um compromisso de que não visita os Açores para o poluir, mas sim para fazer parte do ecossistema.
A ideia foi inspirada nas políticas de outras regiões e países com características semelhantes às dos Açores, como Fernando Noronha (Brasil), Costa Rica e Palau.
O presidente da CCAH rejeitou também que a taxa de sustentabilidade possa ser vista como um entrave ao desenvolvimento do turismo nos Açores, como foi argumentado por quem contestava a taxa turística.
“Ninguém deixa de ir para lado nenhum por causa de pagar taxa. Se pensarmos que a Europa pondera, neste momento, criar uma taxa de entrada, é algo que está cada vez mais disseminado do ponto de vista dos destinos”, explicou.
