O orçamento dos portugueses para as férias de Verão deste ano é de 1.624 euros, um aumento de 5% em relação a 2022, o maior valor dos últimos cinco anos, ainda assim abaixo da média europeia que se situa nos 1.918 euros. Os dados foram revelados pelo 22.º Barómetro Anual de Férias de Verão da Europ Assistance, realizado em parceria com a IPSOS e que pretende oferecer uma perspetiva global dos planos de férias em diversos países da Europa, EUA, Canadá e Austrália.
O mesmo estudo revela que os portugueses estão dispostos a viajar (78% estão a fazer planos para as férias de verão), mas a inflação é o principal motivo para se sentirem mais retraídos na hora de fazer planos. Portugal é o país Europeu em que o receio da inflação é maior (84%). Mas apesar dos planos, apenas 35% dos respondentes portugueses já reservaram as suas férias.
Tendo em atenção o contexto económico de inflação, quase metade dos inquiridos vai adaptar o seu plano de viagem, reduzindo o budget nas despesas de alojamento (46% opta por um alojamento mais barato).
O mesmo estudo revela ainda que a maioria dos portugueses com planos para férias escolhe o estrangeiro como destino de eleição (54%, um aumento de 2 pontos percentuais em relação a 2022), recaindo a escolha em países vizinhos, Espanha (23%), França (11%) e Itália (9%). Para 47% dos portugueses os seus planos incluem férias em Portugal, regressando assim aos valores pré-pandemia (2019).
Em Portugal, o carro continua a ser um dos meios de transporte mais utilizado para férias (47%), mas foi também o país europeu em que o avião registou um maior crescimento (+ 7 pontos percentuais). Outra tendência visível este ano é que, apesar de a praia continuar a ser a escolha mais popular para as férias de verão em Portugal (59%), as cidades como destino de férias estão a ganhar cada vez maior atratividade (39%), sendo Portugal o país europeu em que esta subida foi mais acentuada (+ 8 pontos percentuais).
Viagens mais sustentáveis
Em 2023 os portugueses são dos mais empenhados, a nível europeu, em continuar a contribuir para a diminuição dos impactos ambientais, económicos e sociais das suas viagens, a par com Espanha e Itália. 94% dos portugueses quer adotar comportamentos que promovam a utilização dos recursos locais, enquanto 93% dos inquiridos quer tentar reduzir a quantidade de resíduos no país de destino e apoiar a economia local.
Contrariamente à tendência na maioria dos países europeus, Estados Unidos da América, Canadá e Austrália, em Portugal verifica-se uma redução na intenção de trabalhar a partir do local das férias, menos 6 pontos percentuais que em 2022, sendo a intenção de 33% dos respondentes nacionais.
No planeamento das suas próximas férias, e quando consideram os seguros de viagem, as principais coberturas equacionadas são as despesas médicas (83%), a bagagem e objetos pessoais (80%). Entre os benefícios que gostariam de considerar numa apólice, os portugueses destacam alertas de segurança em tempo real (70%), aplicação móvel que disponibilize informação sobre serviços relacionados com viagem e apólice (69%), portal web com informações sobre serviços relacionados com viagem e apólice (67%), acesso ao lounge do aeroporto em caso de atraso do voo (65%) e serviços de telemedicina (58%).
Na escolha de uma empresa seguradora em detrimento de outra as políticas de impacto ambiental, social e de governação adotadas pela empresa podem fazer a diferença para os portugueses, nomeadamente a literacia do seguro (56%) e o alto nível de satisfação do cliente (52%).
Os inquiridos no 22.º Barómetro Anual de Férias de Verão da Europ Assistance mostram que o desejo de viajar é acentuado em toda a Europa, sentindo-se cada vez menos o impacto da covid-19. A duração média das férias, cerca de 2 semanas, é idêntica na Europa, Austrália e Canadá, tendo o valor em Portugal aumentado 0,3 nos últimos dois anos, sendo dos países europeus em que esta tendência foi mais acentuada, registando este ano um valor de 1,9 semanas.