A Airmet realizou a sua 19ª Convenção no passado fim de semana no Funchal.
Subordinada ao tema “Green’it possible. The Game Changer” foi, não só a maior convenção de sempre, contando com mais de três centenas de participantes nacionais e estrangeiros, como também marcou o início de uma nova jornada de ainda maior crescimento e de implementação contínua de soluções inovadoras melhorando assim o serviço às agências associadas.
Recorde-se, a propósito, que na sequência da Certificação Biosphere Sustainable Lifestyle da Airmet, e com o compromisso já assumido por um futuro mais verde, Luís Henriques, diretor geral do grupo afirmou “todos os negócios geram o seu próprio impacto ambiental, social e financeiro”, acrescentando que o debate, “Greentalk”, teve como principal objetivo incentivar as agências de viagens a implementar novas diretrizes e práticas sustentáveis no seu dia-a-dia, seguindo as tendências de futuro e, indiretamente, aumentar a rentabilidade do seu negócio.
“Foi, tal como anunciámos, uma convenção dedicada à sustentabilidade porque acreditamos que vai ser algo importante e obrigatório no futuro, não só como por uma questão pessoal e ambiental, mas também uma questão de preparar um futuro para as agências de viagem”, disse Luís Henrique a propósito do tema sustentabilidade discutido durante um painel na reunião com as agências do grupo.
Aliás, nessa mesma sessão com as agências do grupo Airmet foram abordadas questões de máxima importância com a contratação e o modelo que existia no ano passado que foi melhorado este ano.
“O que fizemos realmente, porque somos neste momento o único grupo de gestão que tem um conjunto de operadores em que as agências recebem ‘rappel’ direto desde que direcionem as vendas”, disse o responsável da Airmet, explicando que é um ‘rappel’ por pontos de venda e não por produto, “porque acreditamos que cada agência pode e deve planear, orçamentar e definir qual o seu plano para ter mais rentabilidade no final do ano”. Luís Henriques, numa nossa troca de impressões, realçou que “esse é o nosso principal foco, ou seja, aumentar a rentabilidade das agências no final do ano”.
Airmet quer 400 agências em 2024
No campo da tecnologia, foi destaque a destaque a plataforma de vistos que permite que as agências do grupo “tenham acesso, num único local e de uma forma rápida, às obrigações legais para que o passageiro possa entrar em determinado país que requer visto”.
Luís Henriques disse que o grupo de gestão pretende atingir ainda este ano um total de 360 agências contra as 315 que existem atualmente e “se possível ultrapassar as 400 em 2024”. Para tal, a equipa comercial do Grupo Airmet foi reforçada contando agora com Zélia Castro responsável no Norte, Romeu Mendes (Centro) e Cândido Ramires (Sul).
Reforçar Para Luís Henriques, “isto é necessário porque temos de aumentar a nossa presença nas lojas, melhorar e aumentar as visitas, até porque somos, em nossa opinião, um grupo dinâmico, muito jovem, agressivo e inovador”, salientando que é importante e fundamental a questão dos acompanhamentos.
Airventure – o início oficial
Durante a 19ª Convenção também decorreu uma reunião com os sócios da Airventure presentes.
Aliás, assinale-se que entrou já oficialmente em operação, com o total de dez sócios, dos quais cinco são gerentes, a Airventure, grupo exclusivo de agências de viagens IATA, que assenta em propósitos inovadores, criando sinergias entre várias agências e tendo como objetivo claro vir a ser a maior produtora BSP nacional.
Luís Henriques, diretor geral da Airmet, umas das empresas fundadoras da Airventure, revela não só que já foram assinados vários acordos com companhias aéreas, por exemplo, Air Europa, Royal Air Maroc, SATA, Lufthansa, Iberia/British Airways, entre outras, e que até ao momento “nenhuma companhia aérea fechou as portas à Airventure”. No caso da TAP, estão a aguardar a assinatura do acordo.
Frisando que vão ganhar uma posição de destaque no BSP, entre os 10 e os 12%, o nosso interlocutor considera que a Airventure vai mudar muito o panorama a nível nacional daquilo que são os agrupamentos de gestão.
“De uma forma indireta qualquer agência que seja angariada para a Airventure, tornar-se-á automaticamente associada da Airmet”.
A terminar esta entrevista, que certamente ainda será complementada numa próxima edição, Luís Henriques afirma que, como não podia deixar de ser, a Airmet tem também algumas dificuldades, algumas fáceis de resolver. Mas…
As perigosas movimentações do setor
“Percebemos e entendemos as correntes e movimentações que vão surgindo no mercado, mas estamos atentos. Sejam fusões, associações ou o que seja… desde que não interfiram no nosso negócio”, explica o diretor geral da Airmet, esclarecendo que “não estamos a pensar ou interessados em algum operador, ou sermos adquiridos por alguém mesmo que existam propostas. Para a Airmet é importante mantermo-nos independentes. Somos um grupo de gestão e não um grupo turístico!”
Concorrência está atenta
O nosso interlocutor considera que a Airmet tem concorrentes, que estão atentos e ativos, são profissionais e competentes.
“Sabemos que de um lado temos um dos nossos maiores concorrentes que está ligado a instituições, a outros grupos e associações”.
No entanto e quanto a nós, consideramos que do outro lado estará também e certamente um outro sério concorrente, não muito satisfeito com o facto de ter ‘perdido’ para a Airmet/Airventure um seu ativo de peso.
Luís de Magalhães