Os números do Instituto Nacional de Estatística (INE), agora divulgados, revelam que, no 3.º trimestre de 2022, o total de viagens realizadas pelos residentes em Portugal aumentou 5,9%, face a igual período de 2021, totalizando 8,2 milhões de viagens. Ou seja, aumentaram 109% entre julho e setembro, face ao terceiro trimestre de 2021. Todavia, a maioria (88,4%) das viagens foi em território nacional e diminuíram 0,6%, segundo o INE.
Comparando com o mesmo período de 2019, o instituto registou um decréscimo de 5,8%, em resultado da descida registada tanto nas viagens nacionais (-5,2%) como nas viagens ao estrangeiro (-10,6%).
O número de viagens nesse trimestre de 2022 – que aumentou em todos os meses: 10,6% em julho, 4,7% em agosto e 1,9% em setembro –, face aos mesmos meses de 2019, registou em julho um aumento de 0,7%, e em agosto e setembro reduções de 9,2% e 7,4%, respetivamente.
Os dados do INE revelam que as viagens em território nacional corresponderam a 88,4% das deslocações (7,2 milhões), tendo diminuído 0,6% e 5,2% face ao 3.º trimestre de 2019.
Já as viagens ao estrangeiro cresceram no terceiro trimestre 109%, embora 10,6% abaixo dos níveis de 2019, totalizando 950,6 mil viagens.
Os dados do INE mostram que, no 3.º trimestre de 2022, 40% dos residentes realizaram pelo menos uma deslocação turística, mais 0,7 pontos percentuais (p.p.) do que no terceiro trimestre de 2021 (-2,3 p.p. comparando com 2019).
Numa análise mensal, o INE registou aumentos na proporção de residentes que viajaram em julho e agosto (mais 2,2 p.p. e 0,7 p.p., respetivamente, face aos mesmos meses de 2021), tendo diminuído 0,1 p.p. em setembro.
Mas, em comparação com os mesmos meses de 2019, período antes da pandemia, registaram-se descidas de 0,6 p.p., de 1,6 p.p. e de 1,3 p.p., respetivamente.
A principal motivação para viajar no terceiro trimestre do ano passado foi o ‘lazer, recreio ou férias’, seguindo-se a ‘visita a familiares ou amigos’, que cresceu 11,7% (-6,4% em relação ao 3.º trimestre de 2019), tendo atingido 2,2 milhões de viagens (26,4% do total).
Os ‘hotéis e similares’ concentraram 31% das dormidas resultantes das destas viagens turísticas de residentes entre julho e setembro últimos, mantendo-se o ‘alojamento particular gratuito’ como a principal opção de alojamento (54,5% das dormidas).
A internet foi utilizada na organização de 29,9% das deslocações, sendo naquele período a opção em 66% das viagens para o estrangeiro e em 25,1% das viagens em território nacional.