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IPDT: procura externa e da atividade do turismo vão marcar o ano 2023

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A 68ª edição do Barómetro do Turismo do IPDT destaca que as previsões para o turismo nacional em 2023 são otimistas, embora a incerteza perante o cenário atual reserve algumas cautelas.

Dados do IPDT referem que o nível de confiança médio no desempenho do turismo atingiu, em dezembro de 2022, os 80,9 pontos: um ligeiro decréscimo face aos 82,4 registados em setembro do ano passado. Segundo alguns membros do painel, Portugal continua a ser um destino com elevado apelo, e a conjuntura geopolítica tende em favorecer a procura para esta zona da Europa, em detrimento das regiões a Leste. Subsistem, no entanto, algumas dúvidas relacionadas com o contexto económico internacional e o possível impacto da inflação sobre a procura.

No que diz respeito à evolução de indicadores turísticos para os próximos meses, e comparando com o período homólogo do ano anterior, a atividade do turismo, a procura a nível externo e o investimento privado, são os indicadores que deverão aumentar nos próximos meses. De acordo com os membros do painel, a carga fiscal, o investimento público, o endividamento das empresas, o número de pessoas empregadas no setor e a rentabilidade das empresas devem manter-se. Por sua vez, é expectável uma diminuição da procura por parte do mercado interno.

Embora as perspetivas para o setor se mantenham em cenário otimista, empresas e destinos podem contar com alguns desafios em 2023, sobretudo no plano económico, com a inflação e o aumento dos custos energéticos e das taxas de juro a encabeçarem as preocupações, para 34% dos membros do painel que responderam. No que diz respeito às principais oportunidades, destaque para a boa imagem de que o destino Portugal goza atualmente: um destino seguro, sustentável, com qualidade e value for money, na opinião de 36% respondentes.

Como contributo para o desenvolvimento de uma agenda turística para 2023, os membros do Barómetro foram convidados a intervir em 5 áreas distintas.

No plano ambiental, as preocupações prendem-se com o reforço da aposta em energias alternativas (16%). No plano económico, o reforço do combate à inflação e à subida das taxas de juro são prioridade na opinião de 31% dos respondentes. Na vertente cultural, os respondentes do Barómetro defendem a aposta na diversidade cultural do país, respeitando a identidade local dos territórios (16%). No plano social, as grandes metas devem ser o reforço da responsabilidade, estabilidade, colaboração, justiça e combate à exclusão (22%). Por fim, cerca de 35% dos membros que responderam, referem a estabilidade, igualdade, qualidade e credibilidade política como grandes objetivos, a fim de um setor mais competitivo a nível político.

No âmbito das tendências, salientam-se a escolha de destinos seguros, e de maior proximidade (17%), o bleisure (14%), e o regresso aos city-breaks (13%), como os principais comportamentos que vão marcar o ano de 2023.