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Governo: mais 980 milhões para a TAP

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O ministro das Finanças divulgou o despacho que autoriza a entrada de mais 980 milhões de euros na TAP, naquele que é o último reforço de capital previsto no âmbito do plano de reestruturação aprovado pela Comissão Europeia.

A entrada deste último cheque estava prevista no Orçamento do Estado e completa o bolo de 3,2 mil milhões de euros acordado com Bruxelas para a recapitalização da companhia aérea. De acordo com as regras comunitárias, a TAP não poderá receber mais auxílios de Estado nos próximos 10 anos.

Entretanto, a TAP reduziu o capital social de 904,3 milhões de euros para zero, para cobertura de prejuízos, e aumentou o capital social para 980 milhões, com esta última injeção faseada do auxílio financeiro do Governo previsto no plano de restruturação da empresa.

Numa informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a TAP informa que estas decisões surgem na sequência da aprovação pela Comissão Europeia, de dezembro do ano passado, do Plano de Reestruturação do Grupo TAP e concessão de auxílios à reestruturação.

Recorde-se que nos termos desta reestruturação, está prevista a concessão, até ao final do exercício de 2022, de uma tranche do referido auxílio.

Assim, a TAP refere que foi decidida a redução do capital social de 904,3 milhões para zero euros, para cobertura de parcial de prejuízos, logo seguida de um aumento do capital social de zero euros para 980 milhões, subscrito integralmente pela República Portuguesa, através da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças.

Este aumento de capital é feito através de três novas entradas em dinheiro: 294 milhões de euros agora, 343 milhões no dia 20 de dezembro de 2023 e outros 343 milhões no dia 20 de dezembro de 2024.

Ainda na nota enviada à CMVM, pode ler-se que em resultado destas operações, o capital social da TAP passou a ser de 980 milhões de euros, representado por 196 milhões de ações, com o valor nominal unitário de cinco euros, dos quais se encontram realizados 294 milhões.

Em virtude destas operações, a TAP mantém como acionista único direto e beneficiário efetivo a República Portuguesa, através da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças, refere a empresa, acrescentando que estas operações se traduzem num reforço da estrutura de capitais da TAP.

Saliente-se que a entrada destes 980 milhões na TAP estava prevista no Orçamento do Estado e completa o bolo de 3,2 mil milhões de euros acordado com Bruxelas para a recapitalização da companhia aérea.

De acordo com as regras comunitárias, a TAP não poderá receber mais auxílios de Estado nos próximos 10 anos.