A Câmara Municipal de Lisboa admite alterar o modelo da taxa turística, em que prevê arrecadar este ano uma receita de 32 milhões de euros, para reforçar o investimento na área da habitação. Quem o afirmou foi o vice-presidente da autarquia, acrescentando que independentemente, com taxa turística ou sem taxa turística, a área da habitação é prioritária.
Filipe Anacoreta Correia falava no âmbito de uma audição na Assembleia Municipal de Lisboa sobre a proposta de orçamento para 2023, destacando que o modelo da taxa turística pode ser alterado, ressalvando que essa competência não é da exclusiva responsabilidade do executivo camarário.
Refira-se também que a utilização das receitas da taxa municipal turística para investimento na área da habitação, inclusive para mitigar os efeitos do turismo na oferta e nos preços das casas na cidade, foi defendida por outros deputados municipais.
Na cidade de Lisboa, a taxa turística começou a ser aplicada em janeiro de 2016 sobre as dormidas de turistas nacionais (incluindo lisboetas) e estrangeiros nas unidades hoteleiras ou de alojamento local. Inicialmente era de um euro por noite, mas a partir de janeiro de 2019 aumentou para dois euros. Ao terminar o ano de 2022, Lisboa prevê uma receita de 32 milhões de euros de taxa turística.