Os Ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) estão prontos para apoiar a suspensão do acordo que a UE tem com a Rússia desde 2007, que facilita atribuição de vistos a cidadãos russos.

De acordo com a informação dada pelo Financial Times, o objetivo é reduzir o número de autorizações de viagem que são emitidas.

No entanto, parece não haver unanimidade entre os Estados-membros. Aliás, sintoma da situação é o facto de Josep Borrell, o chefe da diplomacia da UE, que presidirá às negociações em Praga, ter afirmado ser contra a proibição total da atribuição de vistos a cidadãos russos. Finlândia, Polónia e os países do Báltico pretendem usar a exceções relativas à segurança nacional, previstas no acordo de Schengen, para fechar as fronteiras.

Países como a República Checa e a Polónia deixaram de emitir vistos a turistas russos pouco tempos depois de Putin ter iniciado a invasão da Ucrânia. E, recorde-se que a República Checa assume a presidência semestral rotativa do Conselho da União até final do ano. É também na capital checa, Praga, que, hoje e amanhã, decorre um encontro informal de chefes de diplomacia dos 27.

Vários países têm reclamado uma proibição de entrada de turistas russos no espaço comunitário, uma medida proposta pelo presidente ucraniano, e que alguns Estados-membros ameaçam implementar de forma bilateral se não houver um compromisso ao nível da União.