Um destino perfeito é o que o turista espera encontrar após tantas tormentas, peripécias e constrangimentos deparados no período ante e post viagem.
“Nada será como dantes”, alguém afirmava nos primeiros meses da pandemia Covid.
“A retoma do turismo acontecerá em 2022 com toda a população vacinada na maioria dos países, e reafirmar-se-á em 2023”, apontou outro. E mais outro acrescentou: “2023 será ultrapassado o ano record 2019 em número de turistas”.
Todos eles tinham razão. O que não era expectável era o desaparecimento de tantos profissionais do sector do Turismo. O êxtase da retoma foi rapidamente substituído pelo desânimo da oferta que se deparou com a falta de recursos humanos.
Os desistentes do sector tiveram a confirmação de que o Turismo é uma área sensível a mudanças, a alterações políticas, a pandemias, ao comportamento dos mercados, aos conflitos. É uma atividade volátil. Os mais dotados de capacidade e habilitados para procurar modos de vida mais sólidos, com mais esperança encontraram alternativas cá ou noutros países.
Voos cancelados, horas, senão dias, à espera de voos de substituição, bagagens perdidas, é desesperante para quem sai para relaxar, para retomar o hábito de conhecer mundo e hábitos de outras paragens.
Aeroportos europeus não têm capacidade de receção de tantos passageiros e bagagens.
Heathrow, o maior aeroporto de Londres, limitou, para 100.000 o número de passageiros diários, desde 12 de Julho até 11 de Setembro.
Quem passou por tantas tormentas para chegar, não pode encontrar a localidade que escolheu em obras, com acessos limitados e com sinalização confusa, barulhos, poluição, população descontente.
O cliente tem que sentir que destino lhe proporciona emoções e que está, finalmente, no oásis com que sonhou durante um ano inteiro.
Deve sentir-se compensado dizendo: Finalmente…Era mesmo isto que eu esperava.
Luís Gonçalves