A Sessão de Abertura do 8.º Fórum de Turismo Interno Vê Portugal, que decorre em Tomar, no Cine-Teatro Paraíso, teve intervenções de Filipa Fernandes, vereadora da Câmara Municipal de Tomar, em substituição da presidente da autarquia que se encontra doente, João Coroado, presidente do Instituto Politécnico de Tomar, Pedro Machado, presidente da Turismo Centro de Portugal, Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, e Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal.
Na sua intervenção, Filipa Fernandes recordou que Portugal atravessou uma das suas piores fases nos últimos tempos, motivada pela pandemia. Por sua vez, João Coroado chamou a atenção para a importância do património para a atividade turística, nomeadamente o património cultural e etnográfico.
Pedro Machado recordou os três grandes eixos em que assenta este Fórum: restaurar a confiança e o crescimento, reforçar a coesão e criar felicidade. Afirmou ainda que os dados mais recentes de procura turística, de abril, mostram que estamos num processo de recuperação da confiança dos visitantes, em particular dos visitantes internos.
Ainda na sua intervenção, o presidente da Turismo do Centro de Portugal salientou que o Turismo é um dos setores mais bem regionalizados nas últimas décadas. Nos seus órgãos estão presentes os decisores locais, que são parte ativa dos programas. Os destinos regionais reforçam a marca Portugal.
Discutir os desafios do futuro
É essencial discutirmos neste fórum os desafios do futuro. Mas é ainda mais importante homenagearmos os nossos concidadãos, que nos últimos dois anos escolheram o nosso país para viajar e descobriram o nosso território, destacou Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, no início da sua intervenção acrescentando que esta retoma da atividade não é fruto da sorte e azar, é fruto do trabalho de todas e de todos ao longo destes dois anos. A aposta na requalificação do destino foi exemplar e a velocidade com que recuperamos é o exemplo disso.
Para o presidente do Turismo de Portugal, o Turismo não é um dado adquirido. Tem desafios e é preciso que seja trabalhado. O Turismo está a mudar e Portugal está a liderar nessa mudança. Temos um setor estruturalmente forte, estamos bem preparados para a mudança, frisou Luís Araújo.
Os novos desafios
O presidente da CTP, Francisco Calheiros, deu especial ênfase à ideia de que há hoje novos desafios a que o Turismo tem de se adaptar, apontando nomeadamente a pandemia, a guerra, as alterações climáticas, que alteraram aquilo que os turistas querem.
Explicando que a atividade turística necessita de oferecer novos produtos que correspondam às novas necessidades, recordou que são necessárias ajudas públicas para a capitalização das empresas, que ficaram descapitalizadas com a pandemia.
No entanto, Francisco Calheiros apontou também assim que é também decisivo resolver outros problemas, como os vistos para quem quer trabalhar no nosso país e a questão do novo aeroporto de Lisboa.