Os custos de combustível mais elevados e a valorização do dólar americano são obstáculos que tornam mais difícil a realização do plano, afirmou a presidente da comissão executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, acrescentando que os custos estimados com combustível são cerca de 300 milhões de euros superiores ao anteriormente previsto e 200 milhões superior a 2019.
O presidente e a presidente executiva da TAP, Manuel Beja e Christine Ourmières-Widener, respetivamente, foram ouvidos ontem (07), à tarde, na Assembleia da República, na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação.
A intervenção de ambos incide nomeadamente sobre o plano de reestruturação, a situação económico-financeira e as opções de rotas, nomeadamente no Norte do país.
Na sua intervenção, Christine Ourmières-Widener reiterou que a sustentabilidade e sobrevivência da TAP são absolutamente possíveis, apesar dos desafios.
Não podemos comprometer o futuro a longo prazo para resultados a curto prazo. Estamos cuidadosamente otimistas, disse a responsável.
Recorde-se que, de acordo com a proposta de Orçamento Estado, o Governo mantém a previsão de injetar este ano até 990 milhões de euros na TAP que teve um prejuízo de quase 1.600 milhões de euros no ano passado, apesar do aumento do número de passageiros transportados e das receitas relativamente ao ano anterior.