Nuno Pereira, presidente do conselho de administração do grupo BestFly, aquando da receção do primeiro jato Embraer 190 da companhia e o primeiro certificado pela Agência de Aviação Civil (AAC) de Cabo Verde, disse que a companhia tem prevista uma frota de seis aeronaves para a operação em Cabo Verde, incluindo um segundo jato Embraer 190, acrescentando que tal vai permitir manter a nossa operação de uma forma sustentável, mesmo quando a época for baixa. Com essas aeronaves serão possíveis ligações do arquipélago com África ocidental e Portugal
O administrador do grupo de origem angolana, revelou ainda que o primeiro E-190 cabo-verdiano deverá iniciar a operação comercial em julho, após a conclusão da certificação em Cabo Verde e dos voos internacionais, prevendo que venha a ligar a costa ocidental africana, nomeadamente Bissau, à Praia e a Portugal (Ponta Delgada e Lisboa), mas também Angola, Nigéria e Senegal.
O plano para a operação do verão de 2022 do novo E-190, inclui, a partir de Cabo Verde, as ligações Praia – Luanda, Praia – Ponta Delgada, Praia – Dacar, Praia – Lisboa, Praia – Lagos, Praia – Bissau, Dacar – Bissau, Luanda – Acra e Sal – Lisboa.
Ainda para Nuno Pereira, esta operação vai envolver parcerias com a estatal Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) e a açoriana SATA.
A BestFly opera os voos domésticos em Cabo Verde com dois ATR 72-600 próprios – através do operador aéreo nacional TICV -, tendo realizado no primeiro ano de operação mais de 3.400 voos entre as ilhas cabo-verdianas e transportado mais de 170.000 passageiros.
O grupo BestFly iniciou a atividade em Cabo Verde, nos voos domésticos, em 17 de maio de 2021, com uma concessão emergencial de seis meses, após a saída da espanhola Binter – que era também a única operadora -, e em julho do mesmo ano comprou a TICV, operador aéreo certificado pela AAC (detida até então pela Binter), prevendo concentrar a atividade na marca única BestFly.