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AHRESP: Tecnologia e digitalização devem estar ao serviço dos negócios e das pessoas

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‘Transição Digital – Digitalizar sem Desumanizar’ foi o tema da mais recente conferência AHRESP que decorreu no Fórum Picoas, em Lisboa. A Associação reuniu vários players do mercado do turismo, nomeadamente  empresários dos setores da restauração e similares e empreendedores na área das tecnologias, para refletir sobre os desafios da tecnologia nos setores HORECA na era pós-pandemia.

A conclusão é transversal: num negócio de pessoas para pessoas, a digitalização será sempre um meio e não um fim em si, como se pode ler na oitava conclusão desta conferência: A tecnologia e digitalização devem estar ao serviço dos negócios, mas não devem ser um fim em si mesmo, porque elas não se opõem nem substituem os valores humanos, que serão sempre a alma das nossas empresas e o cartão de visita do nosso Turismo.

Para o vice-presidente da AHRESP, Tiago Quaresma, a associação considera essencial estabelecer a ponte entre o mundo empresarial e o mundo da tecnologia, dando a conhecer caminhos e facilitando o rumo a seguir para os negócios HORECA fazerem esta transição digital com retorno e à medida das suas necessidades, considerando um tecido empresarial maioritariamente composto por micro e pequenas empresas. 

Conclusões da conferência

Os participantes da Conferência da AHRESP, subordinada ao tema “Digitalizar sem desumanizar”, após análise dos contributos i prestados pelos diversos especialistas das diversas áreas, e decorrente do profícuo debate havido nos diferentes painéis, aprovaram as seguintes conclusões:

  1. As empresas de alojamento turístico, apesar de terem sido as primeiras a abraçar a era digital, com a criação de uma presença digital, através de sítios na internet, não estão a acompanhar as todas as necessidades atuais. É necessário estender a digitalização a toda a cadeia do negócio, otimizar a produtividade e assegurar a segurança da informação;
  2. Aplicar a digitalização pontualmente numa só área não traz, por si só, os resultados desejados. É necessária estratégia na Transição Digital das empresas e é necessário que essa estratégia seja transversal a toda a cadeia de valor;
  3. Deve haver uma aposta na capacitação digital de todos os trabalhadores da empresa, implementada de “cima para baixo”, para que tenha a força do exemplo. O “gap” de conhecimento é grande e queremos, tanto quanto possível, ajudar a preencher esta lacuna;
  4. É necessário, e é também aqui que a AHRESP pretende dar o seu contributo, fazer a ponte entre o que o negócio necessita e as soluções tecnológicas existentes no mercado;
  5. É essencial criar as necessárias condições para que as nossas empresas possam ser parceiras de soluções tecnológicas que representam uma efetiva mais-valia para os seus negócios, como é o caso da utilização de plataformas de entregas, o que deve ser feito com condições mais ajustadas e equilibradas;
  6. Deve ser privilegiada a segurança informática para a proteção do negócio e do cliente, mas também para a prevenção de ataques e ameaças cibernéticos, que se estão a tornar cada vez mais frequentes e sofisticados;
  7. O digital deve ser visto como um ativo extraordinário, que permite, nomeadamente, conhecer melhor os clientes e o negócio, sistematizar e analisar dados, assim como automatizar processos, que permitem às nossas pessoas maior disponibilidade para o cliente e foco nas funções onde são mais necessárias;
  8. A tecnologia e digitalização devem estar ao serviço dos negócios, mas não devem ser um fim em si mesmo, porque elas não se opõem nem substituem os valores humanos, que serão sempre a alma das nossas empresas e o cartão de visita do nosso Turismo.