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Air France reduz descarbonização em voos para Lisboa e Montreal

A Air France lançou no passado mês de abril o “Air France ACT”, programa que apresenta a sua nova trajetória

Para demonstrar as formas de atingir este objetivo, a companhia acaba de implementar em simultâneo um conjunto de ações em 2 dos seus voos com partida de Paris-Charles de Gaulle, tendo a escolha recaído sobre Lisboa para a realização do seu voo mais sustentável no médio curso e de Montreal, Canadá, para o voo de longo-curso.

Este projeto inscreve-se no âmbito do ‘Skyteam Sustainable Flight Challenge[1], uma iniciativa que visa estimular as companhias associadas da aliança a realizar os voos mais eco-responsáveis possível até 14 de maio de 2022.

A operação desenrolou-se em dois voos comerciais, um para Montreal esta terça-feira, 3 de maio de 2022, operado em Airbus A350, e outro para Lisboa, realizado ontem e operado em Airbus A220. Estas aeronaves de última geração, no centro da estratégia de renovação da frota da Air France, consomem entre 20 a 25% menos combustível do que os aviões da geração anterior. A sua pegada de ruído é reduzida num terço. Até 2030, esses aviões representarão 70% da frota da Air France face aos 7% atuais, graças ao investimento de mil milhões de euros por ano até 2025.

Estes dois voos foram abastecidos com 16% de combustível de aviação sustentável (SAF) no voo para Montreal e 30% no voo para Lisboa, contra o 1% atualmente nos voos com partida de França e no âmbito da regulamentação. Esses combustíveis não fósseis são produzidos a partir de biomassa, como os óleos de cozinha usados. Assim, não competem com a cadeia alimentar e permitem uma redução de mais de 80% nas emissões de CO2 face ao combustível convencional, ao longo de todo o seu ciclo de vida – i.e., reutilizar os óleos vegetais usados, tendo em conta a captura de CO2 durante o crescimento da planta, a sua primeira vida como óleo de cozinha e a sua reciclagem e uso como combustível de aviação.

Em terra e a bordo, os pilotos introduziram ações de eco-pilotagem, como o taxing em terra com um único motor ou a otimização das trajetórias em tempo real, operado em coordenação com os serviços de navegação aérea.