A criação de uma taxa turística nos Açores foi ontem (21) aprovada no parlamento regional em votação final global, com 28 votos a favor, do deputado do PAN, autor da versão inicial do documento, do PS, BE e deputado independente, que apresentaram algumas alterações.
Berta Cabral, a recém-eleita secretária Regional do Turismo, considerou que esta não é a oportunidade, para a criação de tal taxa, destacando não só os custos de contexto que trará aos empresários, como também a necessidade de ter cuidado para não desencorajar quem visita os Açores.
Para a titular das pastas do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas a aprovação é um sinal contrário que se dá, neste momento, aos mercados que procuram os Açores, numa altura em que à crise nacional e internacional se juntou a sísmica da ilha de São Jorge.
Mas a não concordância com a aprovação tem reunido inúmeros descontentes para além de Berta Cabral.
Por exemplo, o núcleo de empresários da Lagoa (NELAG) manifestou-se desagradavelmente surpreendido com a criação de uma taxa turística regional, considerando que é uma medida desajustada e que deveria aguardar por uma conjuntura internacional favorável.
Também a AHRESP/Açores considerou que a criação de uma taxa turística regional é um erro estratégico, alertando para a situação financeira muito frágil das empresas do setor devido às consequências da pandemia de covid-19 e da guerra na Ucrânia.
A Associação de Alojamento Local dos Açores (ALA) também se manifestou perplexa e revoltada com a aprovação de uma taxa turística regional, alegando que não tem fundamento e vai incentivar a saída do mercado de proprietários.
A taxa turística a cobrar será de um euro diário até ao máximo de quatro euros.