Tour Line opta por um produto de qualidade e não na quantidade

Mais de 20anos ligados ao mundo dos serviços em viaturas de turismo tornaram Ângelo Fialho num profundo conhecedor do sector. Numa primeira fase trabalhando sozinho e, mais tarde, depois de ter incutido, no filho Hugo o “bichinho” da profissão, criando a Tour Line, empresa agora com 12 anos, da qual é o CEO.

Sediada em Lisboa, com garagem e escritórios próprios localizados próximos do aeroporto de Lisboa, a Tour Line tem hoje uma frota de 12 viaturas de vários tipos, incluindo um minibus de 19 lugares.

Em 2008, quando a empresa foi criada, existiam apenas duas viaturas: a minha e a do meu filho, afirma Ângelo Fialho, acrescentando que a Tour Line, empresa que presta serviços ocasionais de passageiros, com alvará próprio, é também uma agência de viagem, embora não actue como tal. Somos também membros da Associação do Turismo de Lisboa, do Turismo de Portugal e da European Road Safety Charter.

Somos apenas uma empresa que presta serviços na área do transporte privado, turístico ou não, já reconhecida pela sua qualidade.

A Tour Line tem várias parcerias não só com unidades hoteleiras de luxo como também trabalha com outros parceiros, nomeadamente turísticos, em diversos mercados como, por exemplo, os EUA, América do Sul, Espanha, França, Reino Unido e, naturalmente, o mercado nacional.

Refira-se que também temos a componente empresarial, forte, trabalhando com grandes empresas num mercado diversificado.

De modo algum se deve confundir os serviços prestados pela Tour Line com aquele que é oferecido nas várias plataformas existentes para transporte de pessoas, como a Uber, Bolt, Kapten…

A contratação dos nossos serviços é feita antecipadamente por contacto pessoal, email ou telefone. Ao contrário dessas plataformas fazemos transferes de qualquer ponto para outro, incluindo serviços no aeroporto de Lisboa. Fazemos e organizamos toda a logística de mobilidade para reuniões, congressos e grandes eventos, explica Ângelo Fialho que diz ainda serem contratados para circuitos de compras ou turístico extra eventos.

No que concerne a preços refira-se a existência de uma tabela fixa, embora flexível, para os vários serviços, seja dentro da cidade de Lisboa ou de outra qualquer, sejam de um ponto para outro no País.

A título de mero exemplo, refira-se que os serviços dentro de Lisboa têm o mesmo custo, variando entra os 35 e os 40 euros, conforme o que é pedido. No caso de serviço de recolha de passageiro(s) no aeroporto usam uma placa identificativa.

Outra opção é o serviço “full day” – também existe o “half day” e por horas -, de 8 horas em que são oferecidos 150 km grátis. O preço base é de €220 mais o preço dos quilómetros extras e ou não de horas extras (€25/cada).

As viaturas são modernas, com todos os requisitos para a comodidade dos passageiros, incluindo águas, e todos os motoristas falam línguas e, embora não sendo guias, dão informações sobre pontos ou locais de interesse turístico, monumentos, etc.

O nosso entrevistado refere, com certa mágoa, alguma das dificuldades do seu negócio, destacando que as autoridades ao nível do Turismo deviam dar um pouco mais de ajuda a este tipo de serviço.

Por exemplo, autorizar curtas paragens informativas no Rossio ou criar condições melhores no aeroporto de Lisboa, cada vez piores, nomeadamente com o aparecimento de empresas similares.

A terminar esta troca de impressões, Ângelo Fialho destaca que o volume de negócios da Tour Line em 2018, comparativamente com o ano anterior, aumentou 40%, sobretudo devido ao aumento da frota.

A Tour Line preocupa-se hoje mais com a oferta de um serviço de grande qualidade do que propriamente em aumentar muito os seus clientes, conclui o CEO da empresa, chamando  atenção para o facto de Portugal está a sentir já uma quebra no Turismo, apontando para a pequena quebra verificada nos meses de janeiro e fevereiro.

Luís de Magalhães